Brasil melhora classificação no ranking de Cibersegurança Global

índice global de segurança cibernética

O Índice Global de Segurança Cibernética (GCI) foi lançado pela primeira vez em 2015 pela International Telecommunication Union (ITU) para medir o compromisso de 193 Estados Membros da ITU e do Estado da Palestina com a segurança cibernética para ajudá-los a identificar áreas de melhoria e incentivar países a agir, por meio da conscientização sobre o estado da segurança cibernética em todo o mundo. Como riscos, prioridades e recursos de segurança cibernética evoluem, o GCI também se adaptou para oferecer precisamente as medidas de segurança cibernética tomadas pelos países.

Este relatório visa compreender melhor os compromissos dos países com a segurança cibernética, identificar lacunas, encorajar a incorporação de boas práticas e fornecer percepções úteis para os países melhorarem suas posturas de segurança cibernética.

Os países relataram o uso do GCI para facilitar:

  • discussões por meio de fóruns formalmente estabelecidos que permitem autoavaliações e melhores coordenações;
  • coleta de insights sobre iniciativas nacionais gerais e recursos usados ​​para gerenciar segurança cibernética em nível nacional;
  • benchmarking contra boas práticas, parceiros e vizinhos regionais;
  • sensibilização entre as várias partes interessadas sobre as necessidades de coordenação a nível nacional.

Os resultados do GCI mostram uma melhoria geral e fortalecimento de todos os cinco pilares da agenda da segurança cibernética, mas indica que ainda persistem lacunas regionais na ciber-capacidade. Práticas ilustrativas por países foram destacadas no relatório.

Foram foco da pesquisa 194 países no ano de 2020 e o índice conta com 82 perguntas que se enquadram dentro de 5 pilares, sendo eles:

  • medidas legais;
  • medidas técnicas;
  • medidas organizacionais;
  • medidas de desenvolvimento de capacidade;
  • medidas de cooperação.

Mudanças no Índice de Cibersegurança Global com impacto nas pontuações

relatório de segurança dos países

Esta edição do Índice Global de Segurança Cibernética é baseada em dados relatados por um nível recorde de participação dos Estados-Membros, de 105 respostas em 2013-2014, para 150 questionários devolvidos em 2020.

O questionário GCI foi atualizado. As perguntas foram redefinidas, adicionado ou removido em cada um dos cinco pilares (jurídico, técnico, organizacional, desenvolvimento de capacidades e medidas cooperativas) para refletir as mudanças em preocupações e esforços de segurança cibernética. Mudanças no questionário um resultado de impacto, com essas mudanças sendo um fator nas pontuações do país e classificações.

As ponderações diferem das iterações anteriores, refletindo, em parte, mudanças em estrutura de perguntas, bem como a adição e remoção de perguntas.

As ponderações dos indicadores foram baseadas em recomendações de especialistas. Membros nomeados do ITU, especialistas para aconselhar no processo de ponderação para alocar pesos para indicadores com base na importância relativa para a segurança cibernética. Variações na alocação de ponderação pode impactar as pontuações e classificações dos países.

Muitos países, especialmente os de melhor desempenho, estão cada vez mais próximos em termos de pontuação, razão pela qual as classificações individuais devem ser interpretadas com cuidado.

Alguns países se recusaram a verificar os dados coletados ou a participar desta edição do o Índice Global de Cibersegurança. Dados sobre esses países não devem ser considerados como endossados oficialmente por qualquer representante em nome desse país. Como esses dados foram coletados por meio de pesquisas online, faltando os elementos necessários para serem interpretados foram considerados como não encontrados em vez de inexistentes.

Situação do Brasil no Ranking

O Brasil obteve um avanço significativo no ranking de segurança cibernética desde o levantamento do último índice. Fomos capazes de avançar 53 posições e nos enquadramos atualmente na 18ª posição mundial e 3ª posição no ranking das Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (1º lugar) e Canadá (2º lugar).

Conclusão

Além de tudo, a participação do país pode ter impactado positivamente as pontuações em alguns casos, quanto mais um país contribui para o questionário, maior é a probabilidade de resposta afirmativa as respostas serão encontradas.

Existem muitas áreas em que os países se destacam e áreas onde há espaço para fortalecer os esforços, e os países devem ser desencorajados a se concentrar em classificações.

Para os países que não enviaram respostas ao questionário, a pesquisa documental foi conduzida por meio de informações publicamente disponíveis em sites oficiais e outros Recursos. Para os países para os quais a pesquisa documental foi realizada, os dados coletados podem não refletem com precisão a postura de segurança cibernética do país. O GCI não contêm dados estimados.

Ainda temos muito trabalho a ser feito, mas o progresso se mantém firme graças aos esforços contínuos de grandes órgãos nacionais como a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), ao Ministério das Comunicações, ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Não podemos deixar de destacar o mérito de todos os profissionais da área de segurança da informação em nosso país. Todos fazem parte desta conquista e cada ação, cada melhoria nos processos, na tecnologia e na conscientização das pessoas, aumenta a maturidade da segurança cibernética, assim como difunde a mentalidade de segurança da informação, esta que é tão imprescindível no mundo moderno.

Você, leitor e profissional da área de Segurança da Informação, considere-se também responsável por essa conquista. O portal SegInfo parabeniza a todos!

Clique aqui para acessar o relatório completo da pesquisa com todos os detalhes e resultados.

Fonte: Global Cybersecurity Index 2020

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