
As empresas estão constantemente expostas a riscos de segurança cibernética, incluindo ataques de agentes maliciosos e violações de dados. A crescente dependência da tecnologia e da internet torna essas vulnerabilidades ainda mais críticas. O pentest (ou teste de invasão) é uma das formas mais eficazes de identificar e corrigir vulnerabilidades em um ambiente de rede.
Neste texto, explicaremos a importância de se realizar um teste de invasão, quem deve fazê-lo e os diferentes tipos de teste, além de descrever as etapas do processo de um teste de invasão.
Continue a leitura e saiba como estar um passo à frente dos ataques cibernéticos.
1 – O que é teste de invasão ou pentest?
O Pentest (de penetration test) ou, em português, teste de invasão, é um processo de avaliação da segurança de um sistema, rede ou aplicativo. Seu principal objetivo é identificar vulnerabilidades de segurança e explorá-las de forma controlada e autorizada. O teste permite determinar o potencial impacto de um ataque e descobrir as brechas antes que sejam exploradas por criminosos.
2 – Por que realizar um pentest?
O principal motivo de realizar um teste de invasão é identificar e avaliar as vulnerabilidades e fraquezas presentes em um determinado ambiente, como numa rede ou uma aplicação web. Identificando suas vulnerabilidades, as organizações podem tomar medidas necessárias para corrigi-las e melhorar sua segurança antes que alguém com más intenções possa explorá-las.
Outros motivos a se realizar um teste de invasão inclui avaliar a real eficácia das medidas de segurança existentes em um ambiente, se eles são suficientes para proteger o sistema contra as ameaças, demonstrar conformidade com normas, regulamentações e certificações, preparar-se para um incidente de segurança e testar seu plano de resposta a incidentes e pode servir até mesmo para priorizar os investimentos de segurança, alocando recursos onde são mais necessários.
3- Quem deve fazer um pentest?
Em resumo, qualquer empresa ou organização que possua sistemas computacionais, redes ou aplicativos que contenham informações críticas ou sensíveis deve considerar fazer um teste de invasão.
Existem regulamentações e certificações que esperam ou exigem testes de invasão, como PCI-DSS e SOX, logo certas organizações são obrigadas a realizar testes. No entanto, mesmo que a organização não seja obrigada a realizar os testes, é uma boa prática de segurança e um dos controles estabelecidos no CIS Controls, como testes periódicos pelo menos no ambiente externo.
Além disso, empresas que desenvolvem sistemas ou aplicativos devem considerar um teste de invasão antes destes sistemas irem para produção, estabelecendo uma camada extra de proteção e testes periódicos dentro do ciclo de desenvolvimento de softwares também devem ser levados em conta.
4 – Quais são os tipos de pentests existentes?
Existem 3 tipos de testes de invasão se considerar, dependendo dos objetivos, metodologias e escopo do teste.
Blackbox – O teste de invasão blackbox é o mais similar a um ataque real. Neste tipo de teste, pouca ou nenhuma informação sobre o alvo são passadas ao pentester, assim não tendo conhecimento sobre a infraestrutura, sistemas, contas, etc. Seu objetivo é avaliar a capacidade da defesa da organização contra um ataque real e como um adversário real descobriria e exploraria falhas de segurança com o mínimo de informações sobre o ambiente. É um tipo de teste mais desafiador e pode levar mais tempo, justamente pela falta de informações, requerendo maior tempo de reconhecimento e entendimento do alvo.
Whitebox – O oposto do blackbox, onde o testador tem o máximo de informações possíveis. O principal objetivo é avaliar a segurança de forma mais completa e descobrir o máximo possível de vulnerabilidades tendo o máximo de conhecimento do alvo, como acesso a código fonte, diagramas, arquitetura e outros detalhes. Este tipo de teste é mais completo e detalhado que o blackbox, pois permite um conhecimento mais profundo dos sistemas para identificar vulnerabilidades com mais precisão, no entanto pode ser o mais demorado justamente pela complexidade.
Graybox – O teste de invasão graybox é o meio termo entre o Blackbox e o Whitebox, combinando elementos de cada um. O testador possui um certo conhecimento sobre o ambiente, mas não tem acesso completo às informações internas. O objetivo é avaliar a segurança de forma mais realista que um teste Whitebox, mas tendo mais informações sobre os sistemas do que o Blackbox, considerando um atacante com acesso limitado ao sistema. Este teste ajuda a identificar as vulnerabilidades que poderiam não ser identificadas em um teste Blackbox, mas pode ser mais eficiente que um Whitebox, que pode ser mais detalhado e demorado.
5- Quais as etapas de um pentest?
Diferentes metodologias abrangem diferentes etapas em um pentest, mas podemos resumir em 5 etapas considerando as melhores metodologias:
- Reconhecimento – engloba a fase de coletar informações sobre o alvo e entender a superfície de ataque que pode ser utilizada para identificar vulnerabilidades e fraquezas.
- Análise de vulnerabilidades: Identificação e análise das vulnerabilidades no alvo usando ferramentas automatizadas, testes manuais e o conhecimento do analista.
- Exploração: O uso das vulnerabilidades identificadas para conseguir acesso não autorizado ao alvo ou evidenciar as brechas de segurança no ambiente.
- Pós-exploração: Em um teste mais aprofundado, consiste em realizar diversas tarefas como persistência no ambiente, elevar privilégios, ganhar mais acessos, coletar dados e cobrir os rastros que poderiam levar a detecção.
- Relatório: Por fim, a documentação detalhada do que foi descoberto, todas as vulnerabilidades identificadas, suas evidências e recomendação para corrigi-las.
É importante considerar que cada ambiente e sistema é único e pode levar a adaptações e da expertise do pentester para garantir os melhores resultados.
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Como vimos, com a realização de testes de invasão, as empresas podem identificar vulnerabilidades e falhas em seus sistemas, corrigi-las e se proteger contra ameaças externas. Portanto, não deixe de considerar essa estratégia em sua empresa para garantir a segurança de seus dados e a continuidade do negócio.
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Proteger a sua organização contra possíveis ataques cibernéticos é fundamental nos dias de hoje. Mas como saber se sua infraestrutura está realmente segura?