
Após uma segunda reunião ministerial do Conselho de Comércio e Tecnologia EUA-UE (TTC), realizada esse mês em Paris, representantes da União Europeia (UE) e do governo dos Estados Unidos (EUA) anunciaram uma série de iniciativas conjuntas, firmadas em acordo, em áreas como a de segurança da cadeia de suprimentos, combate à desinformação, evasão de sanções e desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA) confiável, tecnologias de aprimoramento da privacidade e pequenas e médias empresas (PMEs).
Muitas dessas iniciativas foram consideradas como caráter de urgência devido à guerra da Rússia contra a Ucrânia. De acordo com a nota emitida pela UE e os EUA, é um novo marco de cooperação em questões relacionadas à integridade da informação em crises.
A nota diz ainda que haverá uma troca de informações mais próxima entre os Estados Unidos e a União Europeia a respeito das exportações de tecnologia crítica, com foco inicial na Rússia e outros países que fogem das sanções.
O Conselho concordou em produzir um guia de melhores práticas de cibersegurança para PMEs, que alegam terem sido mais impactadas por ameaças cibernéticas. Também foi prometido pelo TTC compromissos para “promover cadeias de suprimentos de infraestrutura digital, telecomunicações e organizações sem fins lucrativos (ICTs), públicas ou privadas, seguras, resilientes, diversificadas, competitivas, transparentes e sustentáveis”.
A respeito das tecnologias emergentes, os EUA e a UE irão desenvolver um roteiro conjunto para avaliar ferramentas para “IA confiável e gerenciamento de risco”, juntamente com um projeto sobre tecnologias de aprimoramento da privacidade.
Outro anuncio feito pelo TTC foi a criação de um “mecanismo de Informação de Padronização Estratégica (SSI) EUA-UE” para facilitar o compartilhamento de informações sobre o desenvolvimento de padrões internacionais.
Segundo o vice-presidente da Coalfire, John Dickson, “A interrupção da cadeia de suprimentos de fornecedores russos e ucranianos certamente afeta os fabricantes europeus em comparação com seus colegas dos EUA. Essa realidade também impulsionará uma cooperação mais profunda com a União Europeia em várias frentes, incluindo a segurança cibernética. Se houver alguma tentativa russa de expandir o conflito fora da Ucrânia no domínio da cibersegurança, uma cooperação mais estreita nessa frente será um imperativo”.
Fonte: www.cisoadvisor.com.br