Maior porto do Japão retoma operações após ataque de ransomware

Mídia japonesa informa que ransomware LockBit vinculado a atacantes russos foi utilizado no incidente

O porto de embarque mais movimentado do Japão anunciou que retomaria as operações, após um ataque de ransomware tê-lo impedido de receber contêineres por dois dias.

A esperada restauração do porto de Nagoya, um centro de exportação de carros e um pilar da economia japonesa, diminuirá as preocupações sobre quaisquer consequências econômicas mais amplas do ataque de ransomware.

O incidente teve início na terça-feira (04/07/23), quando o sistema de computador que lida com contêineres foi desligado, de acordo com um comunicado da Associação de Transporte do Porto de Nagoya.

O ataque forçou o porto a parar de lidar com contêineres que chegavam ao terminal por reboque, informou a associação.

Este é o primeiro ataque de ransomware relatado em um porto japonês, e o incidente “criou grandes preocupações sobre o impacto na economia local e na cadeia de suprimentos, incluindo a indústria automobilística”, disse à CNN Mihoko Matsubara, estrategista-chefe de segurança cibernética da NTT Corporation, uma empresa de telecomunicações japonesa.

A mídia japonesa informou que o LockBit, um tipo de ransomware vinculado a criminosos russos, foi usado no ataque.

O grupo cibercriminoso LockBit tem sido prolífico nas últimas semanas, reivindicando a gigante taiwanesa de semicondutores TSMC como vítima (a TSMC disse que um de seus fornecedores de hardware foi invadido, mas o incidente não teve impacto em suas operações comerciais).

Os operadores japoneses de infraestrutura crítica devem mitigar ataques cibernéticos em suas cadeias de suprimentos e ter um plano de resposta em vigor, dadas as ameaças de cibercriminosos e atacantes apoiados pelo estado, disse Matsubara à CNN.

Embora possa ser a primeira vez no Japão, ransomware e ataques relacionados atingiram portos em outros países.

Em 2017, um software malicioso supostamente lançado pelos militares russos na Ucrânia se espalhou pelo mundo e interrompeu as operações da gigante marítima Maersk, custando à empresa cerca de US$ 300 milhões.

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